Perguntas Frequentes RFID
O que é RFID?
- A identificação por radiofrequência, ou RFID, é um termo genérico para as tecnologias que usam ondas de rádio para identificar automaticamente pessoas ou objetos. Existem vários métodos de identificação, mas o mais comum é para armazenar um número de série que identifica uma pessoa ou artigo, através de um microchip que está ligado a uma antena (o chip e a antena em conjunto são chamados de transponder de RFID ou tag RFID). A antena permite ao chip transmitir a informação de identificação ao leitor. O leitor converte as ondas de rádio refletidas da RFID em informações digitais que podem ser transferidas para o computador.
Como é que um sistema de RFID funciona?
- Um sistema RFID consiste de uma ligação, composta por um circuito integrado numa etiqueta, que comunica com um leitor RFID com uma antena. O leitor envia ondas eletromagnéticas. A antena está sintonizada para receber estas ondas. Uma tag RFID passiva utiliza a energia de campo criado pelo leitor e aproveita-a para alimentar os circuitos do microchip. O chip então modula as ondas que o tag envia de volta para o leitor e o leitor converte as novas ondas em dados digitais.
A implementação de um sistema RFID é acessível?
- A implementação de um sistema RFID é um processo extremamente complexo, onde muitas variáveis estão em jogo e podem condicionar o funcionamento da aplicação. Infelizmente o RFID não é um sistema plug-and-play. A equipa de Investigação e Desenvolvimento da Altronix é especializada em RFID e é capaz de elaborar um relatório técnico detalhado que assegura o sucesso do seu sistema RFID.
Devido ao custo elevado das tags e de toda a infra-estrutura RFID, poderá querer saber se a tecnologia RFID é economicamente viável. Para o ajudar, oferecemos o nosso conhecimento, para que possa determinar qual a melhor tecnologia de identificação automática a adoptar na sua empresa.
Vale a pena investir na implementação de uma infra-estrutura RFID?
- Com 12 anos de experiência a legitimar a nossa opinião, podemos afirmar que um sistema RFID bem implementado e adequado às operações da empresa, é um dos investimentos logísticos com maior retorno possível, a médio-longo prazo.
A tecnologia RFID é melhor do que código de barras?
- RFID não é necessariamente "melhor" do que os códigos de barras. São tecnologias diferentes e têm aplicações distintas, que por vezes se sobrepõem. A grande diferença entre as duas é essencialmente a linha de visão. Ou seja, um scanner tem de "ver" o código de barras para efetuar a leitura, o que significa que as pessoas normalmente têm de orientar o código de barras em direção a um scanner para que ele seja lido. A tecnologia RFID, por outro lado, não requer linha de visão. As etiquetas RFID podem ser lidas, desde que estejam dentro do alcance de um leitor. Os códigos de barras têm outro ponto fraco. Se uma etiqueta é rasgada, gasta ou está suja não há nenhuma maneira para digitalizar o item a não ser inserindo o código manualmente.
O RFID vai substituir os códigos de barras?
- Provavelmente não. Os códigos de barras são muito mais acessíveis e eficazes para determinadas tarefas. A verdade é que os códigos de barras e as tags RFID vão coexistir durante muitos anos.
RFID é uma tecnologia nova?
- RFID é uma tecnologia que foi desenvolvida na década de 1970. Como grande parte das tecnologias hoje existentes, a sua origem provém de fins militares.
Porque é que nem todas as empresas adoptam a tecnologia RFID?
- O RFID é um investimento feito em sistemas de circuito fechado, ou seja, quando uma empresa rastreia bens dentro do seu próprio recinto. Todos os sistemas RFID utilizam tecnologia proprietária, o que significa que se a empresa A coloca uma etiqueta RFID num produto, ele não pode ser lido pela empresa B, a não ser que ambos utilizem o mesmo sistema de RFID do mesmo fornecedor. A grande maioria das empresas não têm sistemas de circuito fechado, e muitos dos benefícios da rastreabilidade na cadeia de distribuição provém de seguir o movimento dos produtos por entre os vários elos da cadeia de valor e até mesmo de um país para outro.
Qual é a diferença entre as etiquetas de baixa, alta e ultra-alta frequência?
- Assim como o rádio utiliza frequências diferentes para ouvir diferentes canais, as etiquetas e leitores RFID têm de ser sintonizados na mesma frequência para comunicarem entre si. Os sistemas RFID usam muitas frequências diferentes, mas em geral os mais comuns são a baixa (cerca de 125 KHz), alta (13,56 MHz) e ultra-alta frequência, ou UHF (850-900 MHz). A frequência de microondas (2,45 GHz), também é utilizada em algumas aplicações. As ondas de rádio reagem de maneira diferente em frequências diferente, por isso é extremamente importante escolher a frequência correta para a aplicação certa.
Como é possível avaliar a frequência certa para a minha aplicação?
- Frequências diferentes têm características diferentes que as tornam mais ou menos indicadas para cada aplicação. Por exemplo, as tags de baixa frequência são mais baratas que as de frequência ultra-elevadas (UHF), consomem menos energia e são mais capazes de penetrar substâncias não-metálicos. São ideais para a digitalização de objetos com alta composição de água, como frutas, a curta distância. As frequências UHF oferecem maior alcance e podem transferir dados mais rapidamente. Contudo utilizam mais energia e são menos propensas a passar através de materiais. E porque elas tendem a ser mais "dirigidas", exigem um caminho claro entre a tag e o leitor. As etiquetas UHF são a melhor escolha para a digitalização de caixas de mercadorias que passam através de uma porta do compartimento num armazém.
O RFID funciona em torno de metal e água?
- As ondas de rádio sofrem interferência dos metais e são absorvidas pela água nas frequências ultra-altas. Isto significa que a leitura de produtos de metal ou itens com alto teor de água é problemática para a tecnologia RFID. Contudo, um bom projeto de engenharia pode superar esta lacuna. As etiquetas de baixa e alta frequência trabalham melhor neste tipo de produtos. Existem mesmo aplicações no setor automóvel em que as etiquetas RFID de baixa frequência são incorporadas em peças de metal.
Qual é a diferença entre as tags passivas e ativas?
- As etiquetas RFID ativas possuem uma bateria, que é usada para executar o circuito do circuito integrado e para transmitir um sinal para um leitor. As etiquetas passivas não têm bateria. Em vez disso, eles extraem energia a partir do leitor, que envia ondas eletromagnéticas que induzem uma corrente na antena da tag. Etiquetas semi-passivas usam uma bateria para executar circuitos do chip, mas comunicam através da elaboração de alimentação do leitor. Tags ativas e semi-passivas são úteis para monitorizar bens de elevado valor que precisam de ser verificados durante longos intervalos, como vagões ferroviários. Devido ao custo superior, não é rentável colocá-las em itens de baixo custo.
Qual é a diferença entre apenas leitura e leitura/escrita?
- Os microchips inseridos nas etiquetas RFID podem ser de leitura e gravação ou apenas de leitura. Com fichas de leitura e escrita, é possível adicionar informações à tag ou escrever sobre a informação existente quando a tag estiver dentro do alcance de um leitor. As tags de leitura e escrita costumam ter um número de série ID que não pode ser escrito. Outros campos de dados adicionais podem ser usados para armazenar mais informações sobre os itens a que a etiqueta está associada
O que é colisão de leitura?
- Um problema encontrado com RFID é o sinal a partir de um leitor podem interferir com o sinal a partir de um outro em que a cobertura se sobrepõe. Isto é chamado de colisão de leitura. Uma maneira de evitar o problema é a utilização de uma técnica chamada de acesso múltiplo por divisão de tempo, ou TDMA. Em termos simples, os leitores são instruídos para ler em momentos diferentes, em vez de tentar ler ambos ao mesmo tempo. Isto assegura que eles não interferem uns com os outros. Contudo, isso significa que qualquer etiqueta RFID numa área onde dois leitores sobrepõem será lida duas vezes. Assim, o sistema tem de ser configurado de modo a que, se um leitor lê uma etiqueta, outro leitor não pode lê-la novamente.
O que é colisão de tag?
- A colisão de Tag ocorre quando mais do que um chip reflete de volta um sinal ao mesmo tempo, confundindo o leitor. Diferentes fornecedores desenvolveram sistemas diferentes para as etiquetas responderem ao leitor uma de cada vez. Uma vez que podem ser lidas em milissegundos, dá a impressão que todas as etiquetas estão a ser lidas simultaneamente.
Qual é o alcance de leitura para uma tag RFID típica?
- O alcance de leitura de etiquetas passivas (tags sem pilhas) depende de muitos fatores: a frequência de operação, o poder do leitor, a interferência de objetos metálicos ou outros dispositivos de RF. Em geral, as tags de baixa frequência são lidos de 30cm ou menos. As etiquetas de alta frequência são lidas a partir de cerca de 90cm e etiquetas UHF são lidas a partir de 300 a 600cm. Sempre que for necessário intervalos mais longos, como para rastrear carros de transporte ferroviário, os tags ativos usam baterias para aumentar o alcance de leitura.
Existem normas para RFID?
- Sim. As normas internacionais foram adoptadas para algumas aplicações muito específicas, tais como rastreabilidade de animais. A Organização Internacional de Normalização (ISO) está a trabalhar em padrões de rastreamento de mercadorias na cadeia de abastecimento usando tags de alta frequência (ISO 18000-3) e tags de ultra-alta frequência (ISO 18000-6).
Quais são algumas das aplicações mais comuns para RFID?
- RFID é usado para tudo, desde rastreabilidade de animais a equipamentos de alto valor. As aplicações mais comuns são bens de rastreamento da cadeia de abastecimento, recipientes reutilizáveis, ferramentas de alto valor e outros ativos, e partes móveis de uma linha de produção. A tecnologia RFID também é utilizada para a segurança (incluindo controlo de acesso a edifícios e redes) e sistemas de pagamento que permitem aos clientes pagar por itens sem usar dinheiro.
RFID pode ser utilizado com sensores?
- Algumas empresas estão a combinar etiquetas RFID com sensores que detectam e registrar a temperatura, movimento, até mesmo radiação. Isto permite a automatização de processos em grande escala, sendo o princípio base de funcionamento da Indústria 4.0.
Fonte: Informação retirada e traduzida de RFID JOURNAL